A educação é o pilar principal de toda e qualquer sociedade. Sem a educação, não temos a formação de profissionais qualificados para que um país possa se desenvolver e se tornar cada vez mais independente, tecnológico e igualitário. Nota-se que os países ditos “desenvolvidos” ou de “Primeiro Mundo”, são os que mais investem em educação, desde sua base até a formação acadêmica do ser humano, uma vez que é esta lacuna responsável pela excelência em pesquisa, saúde, economia, política e diversas outras áreas sociais necessárias para uma sociedade mais justa.
A nossa Constituição promulgada em 1988, é muito clara em seu artigo 205, a seguinte premissa: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Isso significa que é dever do Estado garantir esse acesso para a qualificação profissional do indivíduo.
Contudo, vale ressaltar que desde 2020 vivemos tempos atípicos, em que a pandemia do coronavírus assolou o mundo todo e segundo a Organização Mundial de Saúde e demais centros de pesquisa, o isolamento social foi proposto como a forma mais segura de impedir a propagação do vírus. Ou seja, a não aglomeração e manter as pessoas em casa afetou primeiramente a educação, afetou as escolas, as crianças, jovens e adultos, professores e mestres, todos eles em prol da saúde e da preservação da vida humana, abnegaram o seu direito de estar presencialmente nas escolas.
Essa nova realidade mostrou também graves falhas no nosso sistema social, se reinventar para a adaptação ao sistema remoto. O Teletrabalho e reuniões virtuais são fáceis e práticas para adultos e ambientes corporativos, mas a realidade se altera quando aplicada para crianças e jovens. O professor mesmo que se esforce sabe que é muito mais difícil prender a atenção da criança e a falta de comunicação olho no olho, também se revelou inviável quando aplicada às nossas crianças que tanto estão defasadas com a falta de educação básica e acompanhamento diário.
Além disso, vale ressaltar também as desigualdades sociais gritantes que existem no nosso país quando esse sistema se tornou necessário. Muitas crianças em todo o país sem as mínimas condições de acesso à tecnologia e meios comunicação para conseguirem acompanhar o ano letivo, muitas crianças sem a menor assistência tecnológica e condições financeiras de manter o estudo e a educação em casa. Vale ressaltar também, a negligência dos pais que por ventura, nem sempre podem se dedicar aos seus filhos como deveriam.
A falta de educação presencial e o confinamento em casa também revelou a triste realidade brasileira com o aumento no número de casos de violência doméstica e principalmente, contra as crianças. A falta de assistência pedagógica e psicológica afeta o desenvolvimento e formação desses pequenos seres humanos, o descaso se revelou presente quando nos noticiários se tornaram cotidianos as crianças vítimas de maus tratos.
Nesse mesmo sentido, vale ressaltar também a questão humana e solidária da educação, uma vez que não é novidade saber que muitas crianças fazem suas refeições na escola e é na escola, onde possuem e aprendem sobre o mínimo de higiene e onde têm comida no prato. A educação não é somente aprender as áreas do conhecimento relacionadas à ciências humanas ou exatas. A educação é formação de caráter daqueles que serão o nosso futuro, é aprender a solidariedade e compartilhar toda uma infância, a educação é essencial para o desenvolvimento humano.
O dia de 28 de abril é o Dia da Educação. A data é um incentivo para que tenhamos consciência sobre a importância da educação – seja escolar, social ou familiar na vida dos indivíduos. Valores essenciais e convívio saudável se formam com uma boa educação.
Diante disso, aprovamos na semana passada o PL 5595/2020 que considera a educação como serviço essencial. Não é bom que um país não considere a educação como serviço essencial, não somente durante uma pandemia mas em qualquer circunstância, principalmente se considerarmos os problemas que já enfrentávamos antes da pandemia, como a baixa proficiência e a grande desigualdade entre o ensino público e privado.
Portanto, finalizamos aqui a opinião que é fomentada de que um país justo, igualitário e desenvolvido, precisa fazer da educação sua prioridade máxima, garantir condições equitativas e valorização de tudo o que envolve a educação, os profissionais, a estrutura e todos os nossos estudantes.
Por Celso Maldaner
Deputado Federal – MDB-SC
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