Em tempos em que o cidadão está cada vez mais distante das ações do governo, a aproximação pode ser construída pela descentralização. Santa Catarina é exemplo disso, desde 2003, a política de descentralização da máquina pública foi implantada no Estado, decisão acertada que dividiu a máquina administrativa em 36 Secretarias de Desenvolvimento Regionais, hoje Agências de Desenvolvimento Regionais, que levou o governo ao cidadão. Essa administração local alcançou todos os municípios catarinenses com a presença do Governo do Estado lá na ponta, onde realmente estão as necessidades de cada localidade, ‘descentralização do serviço público é um imperativo dos novos tempos’, ensinou Luiz Henrique da Silveira.
Em 2002, o Produto Interno Bruto de Santa Catarina era de aproximados R$ 55 bilhões. Fechamos 2008 com um PIB de R$ 118 bilhões, superando a soma dos PIBs do Uruguai, Paraguai e Bolívia juntos. Já em 2014, fechamos com R$ 242,6 bilhões, e não nos restam dúvidas de que isso é reflexo da política da descentralização.
As ADR’s devem, sim, ser aprimoradas para os tempos em que vivemos, entretanto, jamais extintas. O governo quer estar perto do cidadão? Se sim, devemos mantê-las, contrário a isso é voltar no tempo e fazer com que os prefeitos e a sociedade civil organizada tenham que ir a Florianópolis agonizando por uma resolutividade de seus problemas. Obviamente que alguns postulantes ao governo, desde logo, sedentos pelo poder, tentam ludibriar a população com discursos fáceis de, “diminuição de gastos públicos”, mas, que na verdade, o verdadeiro sentido é centralizar o poder em sua “caneta”, deixando tudo e todos dependentes de suas vontades, convicções e do grupo político que está no comando do Estado.
Em várias conversas, seja na universidade, nos bares, na saída da igreja ou no almoço de domingo com a família, esse é um dos assuntos que predominantemente é lembrado. Extingui-las ou não? Certamente, não devemos extinguir esse que é o mecanismo de aproximação e de resolutividade de várias problemáticas da sociedade.
Marcos Machado