Dário defende reforma da Previdência, mas cobra justiça social e atenção aos mais pobres

Dário defende reforma da Previdência, mas cobra justiça social e atenção aos mais pobres

O senador Dário Berger (MDB–SC) manifestou apoio, nesta quinta-feira (14) em Plenário, à reforma da Previdência. Ele salientou, porém, que a reforma deve ser “para todos” e que o déficit previdenciário tem origem nos grandes conglomerados econômicos: eles simplesmente não pagam o que devem.

“Tem que ser uma reforma para todos. Não pode ser, novamente, uma proposta que seja uma reforma em que os mais pobres vão custear a Previdência dos mais ricos. Nós temos que inverter essa forma de governar. Nós temos que valorizar quem precisa e temos que cobrar de quem tem para ser cobrado”, afirmou.

O parlamentar lembrou ter participado da CPI da Previdência, que investigou o déficit nas contas da Seguridade e identificou uma das maiores causas para a situação: a inadimplência dos grandes grupos empresariais.

“Se todos pagassem a Previdência, esta não teria déficit. O problema é que as grandes empresas, os grandes grupos financeiros, os grandes grupos empresariais não pagam a Previdência como deveriam pagar. Aí, chamados a dar explicações, eles dão a explicação da forma retrógrada e ultrapassada da nossa legislação, que permite que os grandes empresários, os grandes conglomerados financeiros façam a compensação financeira daquilo que eles têm para receber do Estado com aquilo que eles têm a pagar”, explicou Berger.

De acordo com Dário, como a estrutura brasileira é “arcaica, ultrapassada, morosa”, a compensação fica para 5, 10, 12, 15, 20, 30 anos depois, e eles acabam não pagando o que deveriam recolher. O senador disse que a JBS, por exemplo, é um dos maiores devedores da Previdência Social, junto com os bancos.

“Enquanto isso, o agricultor que ganha um salário mínimo de aposentadoria é chamado para pagar também a conta do déficit da Previdência Social. Isso, nós não podemos permitir na mais alta Casa legislativa do País. Nós temos que fazer uma reforma invertendo a pirâmide, em que os mais têm são os que mais devem contribuir e os que menos têm são os que mais devem ser beneficiados. Com isso, nós estaremos fazendo justiça social com a população brasileira”, defendeu o senador.

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