De acordo com Peninha, recursos públicos não devem ser utilizados para bancar campanhas eleitorais
Na contramão do que defendem lideranças de seu partido, o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB/SC) criticou com veemência a proposta que cria um fundo de financiamento eleitoral com recursos da União. Pela matéria, que deve ser votada em plenário nos próximos dias, reservaria-se R$ 3,5 bilhões para custear a campanha de 2018.
“É uma vergonha, um desrespeito! Num momento tão difícil pelo qual passa o país, com cortes de gastos e ajustamento das contas, aprovar este fundão seria um tapa na cara de todo cidadão brasileiro que paga seus impostos em dia”, criticou o parlamentar. Peninha encabeçará um movimento dentro do PMDB para barrar a aprovação da medida.
A proposta é que o fundo seja constituído apenas em anos eleitorais e seja composto por uma parte do Orçamento Geral da União e também de emendas parlamentares. Além do fundo de campanha eleitoral para substituir o fim do financiamento privado, os partidos continuariam recebendo as fatias do Fundo Partidário, que é mensal.
Dados recentemente compilados mostram que o governo federal gastou com toda a estrutura da Polícia Rodoviária Federal, em 2015, o mesmo valor que o Congresso Nacional quer destinar às campanhas eleitorais – R$ 3,5 bilhões. “Segurança pública é prioridade, fundo partidário não. Dinheiro público tem que ser usado para custear serviços públicos, não candidatos”, sintetizou Peninha.
Assessoria de Imprensa do deputado Rogério Peninha Mendonça