A derrubada da MP 220 com a rejeição de sua admissibilidade em plenário criou uma situação inusitada no entendimento do líder do governo Valdir Cobalchini (MDB), pois a matéria estava acordada com os principais segmentos interessados, da indústria e comércio. Ele observou, em entrevistas após a votação da matéria, que há setores que foram beneficiados com a medida provisória, ou seriam com a modificação acertada que preservava interesses das indústrias tenteis e calçadistas. Também criticou a manutenção de privilégios tributários por empresas que mantém regras de compensação segundo as quais não pagam impostos. “Há vantagens na concorrência entre alguns poucos e a maioria”, disse Cobalchini.
Cobalchini seguiu da Assembleia para o Centro Administrativo, depois da votação, para reunir-se com o secretário da Fazenda Paulo Eli e equipe. Mas não adiantou qual será a iniciativa do governo a partir da derubada MP. “O governo conduziu entendimento para acatar interesses da FIESC e da Fecomércio. O acordo foi negado em plenário. Não estávamos tratando de uma questão política. Mas não foi isso que o debate mostrou”, reforçou o líder do governo.
Assessoria da Bancada do MDB