Laringe eletrônica é incluída no SUS

Laringe eletrônica é incluída no SUS

Atuação do deputado federal Valdir Colatto ajudou a garantir esse direito aos pacientes laringectomizados

A Portaria n° 39/2018 do Ministério da Saúde, publicada no Diário Oficial da União, incluiu a laringe eletrônica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O deputado federal Valdir Colatto tem participado das lutas dos pacientes laringectomizados e comemorou a publicação. De acordo com a portaria, o prazo máximo para efetivar a oferta no SUS é de 180 dias.

Com a inclusão do aparelho no SUS, logo após a cirurgia, o paciente agora poderá ter acesso facilitado. A informação é da fonoaudióloga Luciara Giacobe que destaca que atualmente os pacientes perdem a voz e podem demorar até conseguir se comunicar novamente. “Com a incorporação da laringe eletrônica no SUS, todos os laringectomizados totais terão acesso a essa forma de reabilitação como forma primária, logo após a cirurgia”, pontua Luciara.

 Melissa Ribeiro, co-fundadora da Associação Câncer Boca e Garganta (ACBG), comemorou a decisão. “Trabalhamos firmes para garantir o direito dos laringectomizados obterem uma opção de reabilitação fonatória, pois fornecer esse equipamento eletrônico permitirá que os portadores de câncer voltem a se comunicar com seus familiares, médicos e assim ter condições de interagir minimamente em sociedade”, explica Melissa.

Para o deputado Colatto, autor do projeto de lei que institui o dia do laringectomizado, essa publicação é fruto de um trabalho que vem sendo realizado há mais de quatro anos. “As demandas desses pacientes precisam ser atendidas. Acompanho grupos de laringectomizados e sei do valor e da dignidade que o acesso a este aparelho podem proporcionar”, comentou Colatto, que desde 2014 busca também a atualização do valor da prótese traqueosofágica na tabela do SUS.

Formas de reabilitação

Após a cirurgia de laringectomia total, os pacientes ficam sem falar. Caso não tenha acesso imediato à laringe eletrônica, somente após ser encaminhado a especialistas é que ele vai poder escolher entre as demais formas de reabilitação possíveis: prótese traquiesofágica ou voz esofágica. De acordo com a fonoaudióloga Luciara “a laringe eletrônica é uma ótima opção para quem não consegue desenvolver a voz esofágica ou não se adapta a prótese traquiesofágica. Por isso, é um grande avanço para o nosso país ter esse aparelho a disposição de todos os pacientes”.

O que é a laringe eletrônica?

É um equipamento eletrônico movido a bateria recarregável tipo bastão vibrador, portátil, leve e de fácil utilização e aprendizagem. O paciente pressiona o equipamento na região submandibular ou na porção mediana do pescoço (papada) e aciona o botão para emissão do som. Ele emite uma vibração sonora contínua, que é transmitida ao ressonador buconasofaríngeo, e pelos órgãos articuladores, como lábios, língua e dentes, é transformada em palavra falada.

Compartilhe este post