O candidato do MDB ao governo de Santa Catarina, Mauro Mariani, afirmou que um dos seus principais objetivos, caso seja eleito, será melhorar o saneamento público no Estado, por meio de uma gestão eficiente da Casan. O emedebista garantiu que manterá a empresa pública e citou exemplos que dão certo em cidades do interior do Estado, onde o serviço foi municipalizado. Mariani ainda fez questão de ressaltar que os avanços no esgoto tratado nos últimos anos, mas disse que a população espera por mais As afirmações foram dadas durante sabatina na rádio CBN/Diário, em Florianópolis, nesta terça-feira.
“Eu tenho dito o seguinte: não é por que uma empresa é publica que tem que ser sinônimo de ineficiência. A Casan melhrou muito, é bem verdade, mas ainda está muito aquém da sociedade catarinense. Não podemos admitir que Santa Catarina não seja primeiro ou segundo lugar no Brasil em saneamento básico”, disse Mariani.
O candidato da coligação “Santa Catarina Quer Mais” citou como exemplos no assuntos cidades como São Ludgero, com 100% de esgoto tratado, Rio Negrinho, com quase 95%, e Jaraguá do Sul, onde o índice supera os dois terços. Apesar disso, Mariani acrescentou que a Casan tem condições de expandir os seus serviços, sem precisar entregar o saneamento à iniciativa privada:
“A nossa Casan melhorou muito a sua gestão, passou a ter rentabilidade e, com financiamentos, melhorou os índices de Santa Catarina. O que nós temos que fazer é verdadeiramente entregar resultado, buscar financiamentos que forem necessários e usar a rentabilidade da empresa como um ativo para amortizar esses financiamentos. Isso é perfeito. Nós fizemos financiamentos na nossa empresa de água lá em Rio Negrinho. Por quê? Porque você tinha um recebível, que era a rentabilidade da empresa. Ela se autofinanciava”.
Cuidado com as contas públicas
Mariani também falou sobre a situação das contas públicas ao ser questionado sobre o aumento da folha do funcionalismo, que dobrou nos últimos seis anos. Segundo ele, a última administração estadual “não cuidou direito das contas públicas” e houve uma “desconexão da realidade”.
“Isso é um problema fiscal. Você começa a perceber por que nos encontramos nessa situação, com a dívida na saúde que chegou a R$ 1,08 bilhão, da dificuldade do Estado em contratar financiamento. Isso porque o Estado tem capacidade de endividamento, mas não tem capacidade de pagamento, por conta dessa situação de fluxo de caixa”, opinou Mariani.
Por conta dessa situação financeira complicada, Mariani reafirmou a importância de se buscar incessantemente a eficiência na máquina pública, trazendo expoentes da sociedade para dentro do governo.
“Perseguir a eficiência. Essas têm que ser as nossas palavras de ordem. Quando se fala em Santa Catarina, a primeira coisa que vêm na cabeça das pessoas é: Estado de excelência. Mas o que nós infelizmente constatamos é que, em algumas áreas, o governo não está entregando o serviço”.
Saúde
A busca pela eficiência também será uma bandeira de Mariani na área da saúde. O emedebista citou hospitais filantrópicos que funcionam exemplarmente, como o São José, de Jaraguá do Sul, e o Maicê, de Caçador.
“São hospitais filantrópicos, mas com um detalhe: a participação da sociedade na gestão do hospital. Temos que trazer a sociedade para o conselho de administração dos hospitais para nós perseguirmos o que se conquistou em Jaraguá e outras cidades. A ineficiência dos hospitais públicos de Santa Catarina, os 13 administrados pelo Estado, custou aos cofres de SC R$ 671 milhões de reais. A ineficiência, e não o custo total. Isso es tá no relatório do Tribunal de Contas. Não sou eu quem está falando”, finalizou Mariani.
Foto: Divulgação/SCquerMais