Reunião nesta segunda-feira em Porto Alegre sacramentou o lançamento da chapa formada pelo ex-governador Pedro Simon (RS) e a senadora Simone Tebet (MS) para concorrer à presidência nacional do MDB. A candidatura já nasce apoiada pelos três diretórios estaduais da região Sul, representados pelos presidentes Celso Maldaner (SC) e João Arruda (PR), e pelo deputado estadual gaúcho Fábio Branco (em nome de Alceu Moreira) no encontro, que contou ainda com o ministro da Cidadania, Osmar Terra (PR).
– Essa dupla (Simon e Simone) têm nome, ética e moral para um possível embate e representam a história de trabalho, das ruas que o MDB sempre teve – disse Maldaner.
Nos bastidores, o nome mais cotado como adversário a ser enfrentado na convenção nacional marcada para 6 de outubro é o do deputado Baleia Rossi (SP), líder da legenda na Câmara. Seja quem for, é consenso dentro do MDB que alguma coisa tem que mudar na direção da sigla, principalmente depois da mensagem dada pelas urnas em outubro do ano passado. Qualquer associação com figuras suspeitas de corrupção poderá comprometer as pretensões para as próximas eleições.
Em SC, a meta propagada por Maldaner é ampliar a liderança do partido nos municípios. A conta, repetida por ele no encontro de coordenadores regionais do MDB neste final de semana, em Fraiburgo, é saltar de 100 para 120 prefeitos, de 67 vices para 90 e de 857 vereadores para mil. A expectativa é de que os sinais emitidos pela cúpula em Brasília terão influência decisiva tanto na obtenção desses resultados quanto na mobilização da militância em torno das convenções para renovação dos diretórios municipais nos dias 19 ou 20 de outubro.
O presidente também afirmou que é praticamente certo que haverá algum integrante catarinense na executiva nacional do partido. Com 32 delegados com direito a voto na sucessão emedebista, hoje o Estado perde apenas para Minas Gerais (36) no número de eleitores que irão escolher o próximo presidente do partido. Em terceiro vem o Rio Grande do Sul, com 32.