À bancada catarinense, o Ministro Bento pediu de 20 a 30 dias para avaliar outras alternativas para a Estatal
A bancada catarinense em Brasília está determinada a impedir a fusão da Eletrosul com a empresa gaúcha CGTEE. Sob a coordenação do deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB), o Fórum Parlamentar reuniu-se novamente nesta quinta-feira, dia 30, com o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para pedir mais esclarecimentos sobre a operação.
“A reunião foi positiva, na minha avaliação. Todos tivemos a oportunidade de questionar e esclarecer algumas questões técnicas que não estavam bem claras. Nós temíamos, inclusive, que o processo de fusão seria irreversível ou até que já aconteceria no mês de junho. Mas saímos com a certeza que nada está definido. Prova disso é que o Ministro nos pediu um prazo de 20 a 30 dias para avaliar outras possibilidades para a Estatal”, explicou o coordenador do FPC.
O Governador Carlos Moisés participou da audiência e se uniu à bancada catarinense para evitar que a Eletrosul seja incorporada à empresa gaúcha CGTEE – Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica. Se isso acontecer, os parlamentares pedem que a sede permaneça em Florianópolis, o que evitaria a perda anual de até R$ 60 milhões do Fundo de Participação dos Estados, além de a empresa maior estar sendo incorporada pela menor, quando, na opinião dos parlamentares, deveria ser o contrário. Durante a reunião, o presidente da Eletrosul, Wilson Grüdtner, explicou que a fusão faz parte de uma análise técnica da Eletrobras.
“A CGTEE passa por um processo de reestruturação e investimento para aumentar seu potencial de produção. Por isso as despesas têm superado as receitas. Inclusive o contrário não poderia ser feito, pois a Eletrosul já atua na sua capacidade máxima. A fusão faz parte de um projeto técnico que vem sendo implementado desde 2016”, argumentou Grüdtner.