Não aumentar impostos. Esse foi o compromisso assumido por Mauro Mariani durante a sabatina com os candidatos a governador na sede da Fecomércio na manhã desta terça-feira, 18, em Florianópolis. Segundo o emedebista, a sociedade já atingiu o seu limite em relação à carga tributária e qualquer aumento de tributos não resultaria em crescimento da arrecadação, uma vez que reprimiria a economia, em especial o setor produtivo. O candidato da coligação “SC Quer Mais” ressaltou ainda que espera uma retomada mais forte do crescimento econômico depois das eleições, se o país alcançar um pouco mais de estabilidade.
“Não se aumenta imposto porque não tem espaço, tecnicamente. Chegamos no limite. Se possível, tem que tentar diminuir a carga tributária para ativar a economia. Acredito que existe uma demanda reprimida de crescimento”, falou o candidato do MDB.
Outro ponto destacado por Mariani foi a falta de zeladoria do governo do Estado com a infraestrutura já existente, que corre risco de ir se perdendo com o tempo. De acordo com o ex-prefeito de Rio Negrinho, mesmo o básico não está sendo feito, como a roçada, a reposição da sinalização das estradas e as operações para tapar buracos. Por conta disso, afirmou que irá criar o Fundo Estadual de Infraestrutura, com um orçamento anual de R$ 100 milhões para realizar esses tipos de trabalho.
Ainda em relação à infraestrutura, considerada a principal preocupação dos empresários catarinenses segundo Estudo da Fecomércio, o emedebista afirmou que o primeiro passo é estabelecer prioridades e deu um exemplo: no caso das ferrovias, a Norte-Sul é considerada primordial para permitir a chegada dos grãos à agroindústria do Oeste catarinense e evitar que as empresas se mudem para o Centro-Oeste brasileiro:
“Fica aqui o meu compromisso: vamos nos envolver pessoalmente nas lutas de Santa Catarina. A luta não ficará restrita à bancada federal. O governador vai estar junto”.
Em relação às propostas para o turismo, Mariani salientou que o setor já representa aproximadamente 13% do PIB estadual, mesmo sem o apoio firme do Estado, que historicamente investe pouco em infraestrutura e saneamento básico. E, para finalizar, o candidato apresentou uma proposta para estimular a aviação em Santa Catarina.
“No caso dos voos regionais, vamos reduzir a alíquota do combustível. Hoje é mais confortável morar em Chapecó, que tem voo direto para Florianópolis, do que em Caçador. E vamos também zerar a alíquota para os voos charters. Queremos o turista aqui”, afirmou.