Peemedebistas lembram os 15 anos da vitória que “propalavam impossível”

Peemedebistas lembram os 15 anos da vitória que “propalavam impossível”

A vitória do PMDB para o Governo do Estado, no dia 27 de outubro, de 2002, ficou marcada na história política de Santa Catarina como a “A vitória que propalavam impossível” -, nome que inclusive foi título do livro que registra a conquista de Luiz Henrique da Silveira e de seu vice, Eduardo Pinho Moreira.

Com todas as pesquisas favoráveis ao adversário, que buscava uma reeleição tida como certa, o PMDB não se intimidou. O partido tinha um projeto, a bandeira da descentralização, que mais tarde levaria desenvolvimento e progresso por toda Santa Catarina.

“Em 2002, quando o então prefeito de Joinville me convidou a integrar um projeto de candidatura ao Governo do Estado na condição de seu candidato a vice-governador, Luiz Henrique estava certo das possibilidades de levar por toda Santa Catarina um projeto inovador. Ele queria melhorar a vida das pessoas, transformar, reformar as diretrizes políticas de nosso Estado, enfrentar o mar impossível e construir um projeto que de fato fizesse a diferença, colocando Santa Catarina nos patamares mais elevados de desenvolvimento. Começava assim a nossa caminhada”, conta o vice-governador Eduardo Pinho Moreira.

Moreira também lembra as dificuldades do início da campanha, dos eventos esvaziados de público, nos quais Luiz Henrique discursava com a mesma empolgação do que nos grandes comícios. “Luiz Henrique trabalhava 24 horas por dia, ele dormia em pé. Acreditavam na vitória ele, eu, a dona Ivete (esposa do ex-governador), e a minha esposa. No primeiro turno até o PMDB não acreditou muito. Mas no segundo turno essa nação se levantou com muita  garra e força, enfrentando todos os desafios, e nós levou a vitória”, lembra.

“A eleição de 2002 é uma das maiores provas da força e da garra do PMDB em Santa Catarina. Uma eleição que ninguém acreditava, sem estrutura, sem recursos, sem apoio. Mas que acabou inaugurando uma nova era de transformações para o Estado, ao eleger Luiz Henrique da Silveira governador, um dos maiores líderes que Santa Catarina e que Brasil já teve. Talvez o maior legado de LHS tenha sido inovar, propondo um novo modelo de descentralização, que desenvolveu todas as regiões. Em 2002, quando assumimos o governo, 54 municípios não tinham acesso pavimentado. Hoje 100% das cidades contam com a obra, que levou desenvolvimento pra nossa gente. Portanto, 15 anos depois daquela emblemática vitória, o legado de LHS permanece e nos inspira a continuar trabalhando por Santa Catarina”, afirma o presidente estadual do PMDB, deputado Mauro Mariani.

As dificuldades da campanha – A falta de recursos e de apoiadores, no primeiro turno, não impediram o PMDB de seguir em frente. Os peemedebistas abasteciam seus carros e percorriam todos os cantos do estado pera levar e apresentar o famoso Plano 15, documento que descrevia as propostas do projeto da descentralização.

“Durante uma entrevista, o Vanderley Rosso viu um furo no sapato de Luiz Henrique. E o governador disse que não tinha tempo nem dinheiro para comprar um sapato. O Vanderley  comprou. A eleição que propalavam impossível foi vencida fruto dos ideais do Luiz Henrique. Da sua perseverança , obstinação, determinação e coragem”, destaca Moreira.

“Começamos a candidatura com uma estrutura muito pequena. Não tinha avião, não tinha nada disso. O Luiz Henrique sempre falava que sairia de Joinville com mais de 100 mil votos na frente do seu adversário e foi o que  aconteceu. Ele nunca teve dúvida da vitória”, lembra o atual vice-prefeito de Brusque, Ari Vequi, que acompanhou desde o começo a jornada.

“Outro ponto fundamental para a vitória foi a organização das coordenadorias regionais, onde tivemos bons coordenadores que se empenharam e estimularam nossa militância. O gesto de Luiz Henrique em renunciar a prefeitura de Joinville demonstrou à sociedade catarinense uma nova postura política e suas ideias transformadoras, que foram pautadas no Plano 15, mostraram à Santa Catarina o novo rumo que ela teria”, conta Antonio Carlos Zimmermann, que coordenou a estrutura de campanha.

O PMDB passou do primeiro turno com uma diferença de 300 mil votos atrás do primeiro colocado, o governador Esperidião Amin. Ganhou o segundo turno por 20.724 votos, sendo que a cidade de Joinville foi fundamental para a vitória. No maior município de Santa Catarina, o ex-prefeito Luiz Henrique, garantiu 75% dos votos válidos. Com o resultado,  a partir do dia primeiro de janeiro de 2003 Santa Catarina foi diferente. Luiz Henrique mostrou o Estado para o mundo. Implantou a descentralização e modernizou o governo. Santa Catarina tornou-se mais presente no cenário político brasileiro.

“Com a vitória, mesmo que apertada, Santa Catarina conheceu uma renovação administrativa. Os ares da mudança chegaram ao nosso Estado e o transformaram na potência que somos hoje. A descentralização foi um  marco, onde os municípios puderam se sentir prestigiados, atuantes de uma administração, decidindo o que era melhor para cada região. Outro ponto importante na administração do Luiz Henrique foi a pavimentação asfáltica em praticamente todos as cidades  catarinenses, o que levou geração de renda e transformou Santa Catarina”, destaca o presidente de honra do PMDB, Casildo Maldaner.

“Luiz Henrique da Silveira foi um homem à frente do seu tempo. Após vencer a eleição em 2002 do seu maior adversário político, implantou uma revolução administrativa no Estado. Criou as Secretarias Regionais com a finalidade de descentralizar a administração. Dizia que era o governo mais próximo do cidadão. As SDRs levaram uma nova perspectiva para o desenvolvimento, com o equilíbrio de todas as regiões”, lembra o líder da bancada estadual do PMDB, deputado Mauro De Nadal.

 

Reeleição histórica

Ao chegar ao Governo do Estado, Luiz Henrique deu imediatamente início ao processo de implantação da descentralização administrativa, levando a administração para todas as regiões. Aumentou a arrecadação, garantindo mais investimentos . Criou-se uma política de desenvolvimento tributário, sem criar impostos e reduzindo as alíquotas. Santa Catarina passou a ser projetada para o mundo e o resultado de uma gestão comprometida e atenta às demandas de todas as regiões foi a reeleição histórica de Luiz Henrique da Silveira.

Para disputar a reeleição, o governador somou novos parceiros e renunciou a nove meses de mandato, período em que Eduardo Moreira governou o Estado, tendo papel fundamental na conquista da reeleição. Ele comandou o Executivo até o dia 31 de dezembro de 2006.

Curiosidade – A reeleição do peemedebista Luiz Henrique da Silveira confirmou a quebra de um tabu em Santa Catarina: ele foi o primeiro governador reeleito na história do Estado. A 12ª eleição disputada pelo político catarinense assegurou um outro título ao peemedebista: o de especialista em reeleições. Quando foi prefeito de Joinville pela primeira vez, no final da década de 70, não era permitida a reeleição, mas Luiz Henrique fez seu sucessor, o emedebista Violantino Affonso Rodrigues. Eleito em 1996 para seu segundo mandato como prefeito de Joinville, em 2000 o povo joinvilense garantiu a reeleição de Luiz Henrique já no primeiro turno, com mais de 115 mil votos.

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Com a descentralização e a modernização administrativa, Santa Catarina tornou-se rapidamente referência no Brasil. O governo ganhou mais agilidade, eficiência e realizações. Santa Catarina ganhou destaque nacional com alguns dos melhores indicadores sociais, de educação, saúde, distribuição de renda e expectativa de vida acima da média.

Em 2002, quando Luiz Henrique e Eduardo Moreira assumiram o Governo a arrecadação foi de R$ 5,5 bilhões. Em 2008 chegou a R$ 10,4 bilhões e em 2009 fechou com R$ 11,3 bilhões.  Em sete anos a receita aumentou 105%.

O Estado também passou a ser referência na exportação, gerando emprego, renda e desenvolvimento para os catarinenses. Santa Catarina foi o primeiro Estado do Brasil a construir uma Arena Multiuso, hoje são diversas pelo Estado. A ambulancioterapia foi reduzida em cerca de 70% com várias ações, por exemplo, com a telemedicina que realizou mais de 550 mil exames no interior, com análise pela internet.

Por sete vezes, em oitos anos, o Estado foi considerado o melhor destino turístico do país. E na Educação vem mantendo, até hoje, um dos menores índices de analfabetismo.

A Descentralização garantiu acesso asfaltado a todas as cidades catarinenses. E em busca de mais desenvolvimento econômico, os empreendedores receberam incentivos. Os bons resultados de administrações comprometidas com a sociedade chamaram a atenção, não só do Brasil, mas, do mundo inteiro. Empresas internacionais passaram a investir e instalaram suas fábricas em solo catarinense, como é o caso da BMW, em Araquari.

“Luiz Henrique deixou seu legado e suas realizações, presentes em cada região de Santa Catarina, através da descentralização administrativa; e sua luta extraordinária no Congresso Nacional, como heranças para o futuro político de todos nós”, destaca Mauro Mariani.

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