No início do ano, o governo federal assinou novo contrato com a Caixa Econômica Federal para intermediação da transferência de recursos às prefeituras.
A taxa administrativa, que até então era de 2,5%, aumentou para até 11,9%. A decisão gerou revolta, principalmente entre os gestores de pequenos municípios, que seriam os mais prejudicados. O senador catarinense Dário Berger (MDB-SC), que presidiu a Comissão de Orçamento em 2017, cobrou do Palácio do Planalto a volta ao percentual anteriormente praticado.
Diante da resistência do governo, o senador catarinense convenceu o deputado André Moura, do PSC do Sergipe, relator de um projeto enviado recentemente pelo governo para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a incluir no texto o percentual de 4,5% como limite do valor do repasse a ser cobrado dos municípios, ficando o restante a cargo do Ministério do Planejamento.
A primeira vitória chegou essa semana, com a proposta aprovada em sessão do Congresso Nacional. O assunto certamente será um dos temas da XXI Marcha dos Prefeitos a Brasília, na próxima semana.
Premiado e preocupado
O presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, foi apresentado à imprensa, ontem, pelo presidente da ADVB-SC, Delton Batista, como Personalidade de Vendas 2018. Ele receberá o pin de diamante que simboliza a homenagem em evento marcado para o próximo mês. Na conversa com jornalistas, o dirigente cooperativista fez um relato de sua trajetória e falou do momento atual do mercado.
Afirmou que não há sequer uma planta industrial dedicada a aves que não esteja no vermelho no Brasil e revelou que a própria Aurora perde R$ 1,00 por frango abatido, o que soma R$ 21 milhões de prejuízo mensal na operação.
A solução, para ele, é baixar o número de frangos alojados, que chega a 527 milhões no país, para 480 milhões, volume suficiente para abastecer o mercado interno brasileiro. Por isso, as férias coletivas que vêm sendo anunciadas são parte da solução.
A Aurora já anunciou a medida para duas unidades e uma terceira planta deverá ter as operações suspensas. Lanznaster disse que a decisão será anunciada na próxima semana. E pode não ser a última, até que o mercado se estabilize. O motivo do desequilíbrio e do fechamento de mercados importadores? Ainda a desastrosa Operação Carne Fraca. “Nossa imagem lá fora, que era excelente, foi profundamente prejudicada.”
“Nós priorizaremos a cabeça de chapa, sem dúvida alguma. Um
partido do tamanho do MDB não pode ficar três eleições sem ter candidato ao governo do Estado. Tem partidos do lado de lá que não estão coesos, onde há nítida insatisfação. As coisas não podem ser empurradas goela abaixo no mundo político. Estamos certos de que haverá migração de votos para o MDB.” – Deputado Valdir Cobalchini, líder do governo na Assembleia Legislativa
Para compensar
um pouco o clima ruim, durante a coletiva o presidente da Aurora recebeu a notícia de que a Coreia do Sul voltará a importar carne suína brasileira, começando por Santa Catarina, uma vez que o estado já tem quatro estabelecimentos credenciados.
A expectativa é que logo a Rússia anuncie a mesma decisão. Lanznaster disse que o ministro-adjunto da Agricultura, Eumar Novacki, foi quem previu essa possibilidade. São duas as principais motivações: queda dos estoques e aproximação da Copa do Mundo, que será lá, atraindo uma grande população extra.
Renovação
Desde fevereiro deste ano, quando venceu o convênio entre o Executivo estadual e o Tribunal de Justiça para realização de exames de DNA em processos judiciais de pessoas carentes, o assunto passou a ser tratado pelo secretário da Casa Civil, Luciano Veloso Lima, com apoio da Secretaria da Fazenda e da Udesc.
Com a articulação junto aos órgãos e a viabilidade de descentralização dos recursos, o convênio pôde ser renovado nesta quinta-feira, 17, pelo Judiciário e pela Udesc, que realiza os exames em laboratório no município de Lages.
Prêmio
Estão abertas as inscrições para a terceira edição do Prêmio Santa Catarina pela Educação, que reconhece iniciativas voltadas à qualificação do trabalhador. Poderão participar empresas, cooperativas, sindicatos e federações, signatários do Movimento Santa Catarina pela Educação, de qualquer porte e ramo de atividade, instaladas no estado.
As inscrições devem ser feitas até o dia 15 de junho no site www.scpelaeducacao.com.br/premio-fiesc. O prêmio é uma iniciativa das federações das Indústria (Fiesc), do comércio (Fecomércio-SC), da Agricultura (Faesc) e dos Transportes (Fetrancesc).
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Por Andréa Leonora