Santa Catarina comemora 10 anos livre de febre aftosa sem vacinação

Santa Catarina comemora 10 anos livre de febre aftosa sem vacinação

Status sanitário diferenciado fez do estado o maior exportador de carne suína do Brasil e o segundo na exportação de frangos
Santa Catarina comemora 10 anos do reconhecimento como livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O status sanitário diferenciado teve impactos diretos e indiretos no aumento das exportações de carne suína e de aves. Após o reconhecimento, o estado se tornou o maior exportador de carne suína e o segundo maior exportador de carne de frango do país, alcançando os mercados mais competitivos do mundo.
O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, deputado Moacir Sopelsa, acompanhou o combate à febre aftosa nestes últimos 50 anos, como produtor rural e também ao longo da sua trajetória política, sempre engajada com o agronegócio. “Nós sabíamos que Santa Catarina tinha potencial para ser um grande produtor de aves, suínos e leite e a certificação internacional era indispensável para aumentarmos a produção e conquistarmos novos mercados”, lembra.
Os esforços iniciaram em 1965, quando o Governo do Estado, Ministério da Agricultura, agroindústrias e produtores rurais se uniram para combater a febre aftosa no território catarinense. O estado, que chegou a ter uma média de 462 focos por ano entre 1971 e 1983, erradicou a doença e em 1993 registrou a última ocorrência de febre aftosa.
Em 2006, um ano antes da certificação internacional, Santa Catarina exportava 184 mil toneladas de carne suína, faturando US$ 310 milhões. Dez anos depois, esse número saltou para 274 mil toneladas e trouxe US$ 555,2 milhões para o estado, um aumento de 48,5% na quantidade e 79% na arrecadação.
O cenário é o mesmo para a carne de frango, que se tornou o primeiro produto das exportações catarinenses, faturando mais de US$ 1,7 bilhão no último ano, 76,3% a mais do que em 2006. Há uma década, a quantidade exportada também era menor, 757 mil toneladas saiam do estado, 32% a menos do que em 2016.
Sopelsa lembra que em maio de 2007, uma comitiva catarinense viajava para França, sob o comando do então governador Luiz Henrique da Silveira, para participar da Assembleia Mundial da OIE e receber o documento que consolidava todo este esforço das últimas décadas – o estado se tornava o único do país livre de febre aftosa sem vacinação.
Com o reconhecimento da OIE, Santa Catarina teve acesso a grandes compradores de carnes como Rússia, China, Hong Kong e mais recentemente a Coreia do Sul. Era justamente esse o objetivo do Estado quando buscou a certificação internacional – conquistar mercados exigentes.
O último foco de febre aftosa em Santa Catarina aconteceu em 1993 e a partir de 2000 foi suspensa a vacinação contra a doença. Após 10 anos de certificação internacional, Santa Catarina se mantém como o único estado brasileiro com esse status sanitário diferenciado. Na América do Sul, outras áreas livres da doença sem vacinação existem na Argentina, Bolívia, Colômbia, Peru e Equador. Apenas o Chile é reconhecido pela OIE como país livre de febre aftosa sem vacinação.
O deputado Moacir Sopelsa, que pela segunda vez está a frente da Secretaria da Agricultura, explica que para manter a excelência em sanidade animal o Governo do Estado realiza um trabalho permanente junto ao Ministério da Agricultura, agroindústrias e produtores rurais. “É um esforço conjunto, de vigilância e aprimoramento. Se estamos a 24 anos sem nenhum caso de febre aftosa é porque todos os elos que formam a corrente forte da agricultura catarinense seguem unidos, fortes e se desenvolvendo”.
Fonte:  Secretaria de Estado da Agricultura

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