A criação de um protocolo para o tratamento de pacientes com sequelas provocadas pelo coronavírus recebeu o apoio do assessor do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), o médico Leonardo Moura Vilela. O assunto foi levantado pela deputada estadual Ada Faraco de Luca (MDB), nesta quarta-feira (10), em reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. Ada é a coordenadora do GT Pós-Covid, grupo de trabalho instituído pelo Legislativo catarinense para atender os pacientes que superaram a Covid-19, mas que enfrentam consequências de saúde.
Em questionamento a Vilela, Ada explicou o andamento dos trabalhos, defendendo o planejamento para a fase pós-pandemia. “Sobre a colocação da deputada Ada de Luca, tem toda razão. Neste momento, está todo mundo preocupado com os pacientes que estão chegando em estado grave, indo para UTIs, as pessoas que estão morrendo. Mas, em curto prazo, nós precisamos pensar nos pacientes que tiveram a doença, se recuperaram da fase aguda, mas que sobreviveram com consequências que deverão ser tratadas”, disse Vilela, acrescentando que o assunto está em discussão no Conass.
O médico afirmou que, além de sequelas nos pulmões, a infecção pelo coronavírus pode provocar consequências como insuficiências renais, hepáticas e intestinais, miocardite, tromboembolismo, déficit de audição e paladar, além de problemas cognitivos. Questionado por Ada sobre referências de tratamento pós-covid no Brasil, Vilela citou o Crer (Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo), mantido pela Secretaria de Estado de Goiás.
“Nós vamos organizar a estrutura já existente e oferecer apoio ao cidadão, sem gerar custos ou sobrecarga para o Estado. Estamos em fase de levantamento geral de informações. Com certeza, vamos buscar a referência de Goiás citada pelo representante do Conass, assim como outras iniciativas que já estão mapeadas”, afirmou Ada.
Assessoria
Deputada Ada Faraco de Luca